Bartolomeu de Gusmão (1685-1724) foi um sacerdote e inventor brasileiro. Entre suas experiências estava o primeiro balão construído no mundo. Sua invenção foi apresentada ao Rei de Portugal, D. João V, na sala dos diplomatas do Palácio Real, a fidalgos e funcionários da corte, dizendo ser capaz de guiá-lo e transportar pessoas, munições e víveres. Ficou conhecido como "O padre voador".
Bartolomeu Lourenço de Gusmão nasceu em Santos, São Paulo, no dia 18 de dezembro de 1685. Era filho do cirurgião-mor Francisco Lourenço Rodrigues e Maria Álvares. O casal teve doze filhos e oito deles entraram para vida religiosa.
Com espírito inquieto, estava sempre inventando alguma coisa. Inventou máquinas e equipamentos, como um moinho mais veloz que os existentes na época, um sistema de lentes para assar carne ao sol, inspirado nos ensinamentos de Arquimedes.
Bartolomeu de Gusmão faleceu em Toledo, Espanha, no dia 18 de novembro de 1724.
José Bonifácio (1763-1838) foi um político, estadista e mineralogista brasileiro. Exerceu um papel decisivo na Independência do país, sendo cognominado o Patriarca da Independência.
José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) nasceu em Santos, São Paulo, no dia 13 de Junho de 1763. Era filho de Bonifácio José Ribeiro de Andrada com sua prima Maria Barbara da Silva.Terminou seus estudos preliminares com 14 anos de idade, sendo levado para São Paulo, onde estudou francês, lógica, retórica e metafísica, com o Bispo Manuel da Ressurreição.
Concluído os estudos preliminares, José Bonifácio foi para o Rio de Janeiro, de onde seguiu para Portugal. No dia 30 de outubro de 1783, ingressou na Faculdade de Direito de Coimbra. Estudou também filosofia natural, que incluía história natural, química e matemática.
Em 1789, já formado, foi convidado pelo Duque de Lafões, primo da rainha D. Maria I, para fazer parte da Academia de Ciências. Seu primeiro trabalho foi Memórias Sobre a Pesca das Baleias e Extração de seu Azeite, que por meio de citações eruditas procurava melhorar os processos da indústria pesqueira.
No fim do século XVIII, com a queda da produção das minas de ouro no Brasil, por determinação da coroa, José Bonifácio foi escolhido para percorrer a Europa com o objetivo de adquirir conhecimentos em mineralogia.
Em 1790, na França, entregou-se ao estudo de mineralogia e química. Ao terminar os cursos tornou-se membro da Sociedade de História Natural de Paris, onde apresentou seu segundo trabalho científico: Memórias Sobre os Diamantes do Brasil.Em 1800, José Bonifácio voltou para Portugal e casou-se com Narcisa Emília O'Leary, de ascendência Irlandesa. Foi nomeado Intendente Geral das Minas, e condecorado, em 1802, pela Universidade de Coimbra, com o título de Doutor em Filosofia Natural.Em 1819, após 36 anos, José Bonifácio voltou ao Brasil. Com ele vieram sua esposa, a filha Gabriela e os criados. Com o consentimento da esposa, uma filha ilegítima também se juntou à comitiva.
Instalado em Santos, José Bonifácio reuniu sua família. Seu irmão Martim Francisco tornou-se seu genro, casando-se com sua filha Gabriela. Realizou várias excursões mineralógicas e inspecionava a casa de fundição de Sorocaba. Os relatórios dessas incursões eram praticamente os únicos contatos oficiais que mantinha com o governo.Entretanto, estava sendo organizada, em Portugal, uma revolução vitoriosa, na qual exigiam a volta do rei e a elaboração de uma Constituição. No dia 24 de abril de 1821, Dom João VI embarcava de volta a Portugal, deixando Dom Pedro como regente.
Antes de partir, Dom João convoca eleições Constituintes. Santos e São Vicente indicam José Bonifácio e seu irmão Martim Francisco para representá-los nas eleições que se realizariam em São Paulo. José Bonifácio foi o escolhido para presidir a eleição. Propondo um congraçamento geral declarou que a eleição só poderia ser feita por aclamação unânime, o que foi aceito sem maior discussão. No dia 2 de setembro de 1822, o Conselho de Estado – Bonifácio, Clemente Pereira e Gonçalves Ledo, entre outros, reunidos com Dona Leopoldina, concluíram que era preciso proclamar a independência. José Bonifácio escreve a Dom Pedro, que estava em São Paulo:
No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro declarou que estavam destruídos todos os vínculos com Portugal, e formalizava a Independência do Brasil, José Bonifácio falece em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 6 de Abril de 1838.
Martim Afonso de Sousa (1500-1571) foi um militar e administrador português. Foi o comandante da primeira “expedição colonizadora enviada ao Brasil pelo rei de Portugal D. João III no ano de 1530. Martim Afonso foi donatário da Capitania de São Vicente. Desempenhou papel fundamental na expulsão dos franceses das costas brasileiras e na consolidação do império colonial português. Martim Afonso de Sousa nasceu em Vila Viçosa, Portugal, por volta de 1500, uma época das grandes navegações. De família nobre, foi amigo de infância do príncipe real que mais tarde tornou-se o rei D. João III.
No dia 3 de dezembro de 1530 partiram de Lisboa: a nau capitânia, com Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pero Lopes de Sousa, o galeão "São Vicente", comandado por Pero Lobo Pinheiro, a caravela "Rosa" com Diogo Leite e a caravela "Princesa" comandada por Baltazar Fernandes. Navegadores, padres, fidalgos, soldados, trabalhadores de diversas profissões formavam o grupo de quatrocentas pessoas que partiram para colonizar o Brasil, no dia 20 de janeiro de 1532, Martim Afonso instalou o primeiro marco real da colonização e fundou a vila de São Vicente. Mandou construir um forte e com a ajuda de João Ramalho, português casado com uma índia, fixou a primeira povoação permanente da região. Subindo para o interior, Martim Afonso fundou a vila de Piratininga, às margens do rio de mesmo nome. Distribuiu sesmarias aos colonos, e acredita-se que tenha iniciado o cultivo da cana-de-açúcar, entre outros produtos agrícolas. Aos poucos, Martim Afonso ia cumprindo a importante missão para a qual foi destacado. Em 1533, Martim Afonso retornou a Portugal, e no mesmo ano foi nomeado "governador mor do mar da Índia", posto em que teve atuação destacada contra destacada contra indianos, turcos e a pirataria. Em 1534, Portugal resolveu demarcar o território brasileiro em 15 capitanias hereditárias, que seriam entregues a donatários que deveriam, por conta própria, explorar em seu proveito, administrar, defender e prestar contas à Coroa e a ela pagar alguns impostos, em 1534, ainda estando na Índia, Martim Afonso recebeu a nomeação de donatário da capitania hereditária de São Vicente, porém não demonstrou nenhum interesse, deixando à frente de sua capitania o padre Gonçalo Monteiro, Pero Góis e Rui Pinto, nem Martin Afonso nem seus sucessores jamais visitaram a capitania, embora tenha passado pelas costas do Brasil mais três vezes, em 1939, 1541 e 1546.
Martim Afonso de Sousa faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 21 de julho de 1571. Foi enterrado no Convento de São Francisco.
Monumento a Brás Cubas
Natural de Portugal, do Porto em 1507, foi o fundador da Vila de Santos, governou por duas vezes a Capitania de São Vicente (1555-1556) e (1545-1549), falece no Porto em 10 de Março de 1592.
O Monumento ao mesmo foi encomendado pela Câmara de Santos ao escultor italiano Lorenzo Mazza para ser tanto estátua publica de memória, quanto do local que abriga seus restos mortais, além disso foi a primeira estátua a ser erguida na cidade de Santos. Situado na Praça da República, o monumento conta com 4,80 metros de altura em mármore branco de Carrara e detalhes em bronze que simbolizam a Agricultura, Comércio, Indústria e a Navegação.